A vacinação é uma das medidas mais importantes para manter a saúde da população. Nesse sentido, é comum que as pessoas procurem saber se o plano de saúde cobre vacina.

Com mais de 30 tipos de vacinas disponíveis, tanto no sistema público quanto no privado, garantir que todas as vacinas necessárias sejam tomadas é essencial para evitar a propagação de doenças e proteger quem se vacina e todos aqueles ao seu redor.

Considerando a idade e o estado de saúde do paciente, é muito importante tomar todas as vacinas recomendadas ao longo da vida e conforme as campanhas de saúde divulgadas em determinadas localidades ou em todo o país.

E para responder as dúvidas de quem quer saber se o plano de saúde cobre vacina, preparamos boas dicas a seguir.

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Afinal, o plano de saúde cobre vacina?

Quando se trata de vacinação, uma questão comum é se o plano de saúde cobre vacina. A resposta é um tanto complexa.

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as vacinas não estão incluídas no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, que define os procedimentos obrigatórios que os planos de saúde devem cobrir.

Por isso, em regra, as vacinas não são cobertas pelos planos de saúde.

No entanto, isso não significa que todos os planos de saúde deixem de oferecer vacinas aos seus beneficiários.

Algumas operadoras, especialmente aquelas que oferecem planos mais premium, podem incluir a cobertura de determinadas vacinas como um diferencial para atrair e manter clientes.

Mesmo sem a exigência da ANS, existem algumas exceções. Por exemplo, a Lei nº 9.656/98 estabelece que é obrigatório o fornecimento de vacinas contra a dengue para grupos de risco e a vacina OncoBCG, que protege contra a tuberculose, por parte dos planos de saúde.

A maioria das vacinas necessárias para a população está disponível através do Sistema Único de Saúde (SUS).

Assim, muitas pessoas optam por se vacinar através do SUS, mesmo que tenham um plano de saúde privado.

Durante períodos de surtos ou epidemias, algumas operadoras de saúde podem optar por oferecer vacinas esporádicas aos seus clientes.

Um exemplo comum é a vacina contra a gripe, que muitas vezes é disponibilizada gratuitamente por alguns planos de saúde durante o inverno.

É sempre importante verificar a cobertura contratual do seu plano de saúde para entender exatamente quais vacinas, se houver, são cobertas.

Se o plano de saúde incluir a cobertura de vacinas, essa informação estará detalhada no contrato. Caso contrário, os beneficiários podem recorrer a clínicas particulares para a vacinação, assumindo os custos da aplicação.

O que diz a legislação sobre isso?

De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a responsabilidade pela vigilância em saúde, incluindo os programas de imunização, é do governo. Existem pelo menos três barreiras para que a cobertura obrigatória de vacinas seja implementada pelas operadoras de saúde.

• A primeira barreira é a natureza dos programas de vacinação, que são desenvolvidos com base em critérios epidemiológicos definidos pelo governo. Isso garante que todas as pessoas sejam imunizadas, independentemente de sua renda, proporcionando acesso universal à vacinação.
• A segunda barreira é o impacto econômico sobre os próprios planos de saúde. Se a vacinação se tornar uma obrigação, o custo será repassado aos clientes, ou seja, o cliente acabará pagando pela vacina através de sua mensalidade.
• Por fim, a terceira barreira é que as negociações com laboratórios que fornecem as vacinas são conduzidas pelo governo, não pelo setor privado.

Vacinação no setor privado

Algumas pessoas preferem se vacinar no setor privado, e, por isso, algumas operadoras disponibilizam o reembolso da vacina particular, que pode ser completo ou parcial.

Em certos casos, o plano de saúde cobre vacinas para algumas categorias específicas, além de ser possível contratar uma cobertura adicional que inclua a vacinação.

Mesmo sem a obrigatoriedade de cobertura de vacinas pela ANS, há situações específicas em que os pacientes podem solicitar a vacina ao plano de saúde.

Por exemplo, a OncoBCG, aplicada em recém-nascidos logo após o parto, é um caso onde a cobertura é obrigatória. Basta que os pais solicitem a aplicação ao pediatra enquanto ainda estiverem no hospital.

Se os pais esquecerem de fazer isso antes de sair do hospital, o plano de saúde não terá mais a obrigação de cobrir a vacinação.

Como se vacinar em clínicas particulares?

Para aqueles que procuram vacinas não cobertas pelo SUS ou pelo plano de saúde, a rede particular é uma alternativa viável.

Clínicas privadas de vacinação oferecem uma ampla gama de vacinas para todas as idades, embora os custos sejam normalmente pagos pelos pacientes.

Os preços variam de acordo com o tipo de vacina e a clínica, por isso é essencial verificar a disponibilidade e os valores antes de optar por essa alternativa.

Quais são as vacinas disponibilizadas no Brasil?

De forma geral, o site da ANS indica a seguinte lista de vacinas disponíveis no Brasil, seja na rede pública ou em determinadas redes privadas (conforme a localidade):

Vacinas oferecidas pela rede pública de saúde

– BCG

– Hepatite B

– Pentavalente (DTP+ Hib+Hepatite B)

– DTP

– VIP

– VOP

– Pneumocócica 10 valente

– Meningocócica C

– Meningocócica ACWY

– Hepatite A

– Tríplice viral

– Tetra viral

– Varicela

– Influenza

– HPV

Vacinas não oferecidas pela rede pública

Meningocócica B

Essencial para prevenir meningite causada pela bactéria meningococo do sorogrupo B.

Pneumo 13 valente

Protege contra infecções causadas por 13 sorotipos de pneumococos, responsáveis por 90% das doenças graves pneumocócicas, como pneumonia, septicemia (infecção generalizada) e meningite.

Tríplice bacteriana acelular adulto (dTpa)

Protege contra três doenças graves: difteria, tétano e coqueluche.

Vacina Pentavalente

Protege contra múltiplas doenças: difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b e poliomielite.

Vacina Hexavalente

Importante para proteger contra difteria, tétano, coqueluche, meningite, poliomielite e hepatite B.

Vacina Tetravalente

Previne sarampo, caxumba, rubéola e varicela de forma segura e eficiente.

Vacina Cólera

Protege contra a cólera, doença bacteriana que causa diarreia grave e desidratação, transmitida pela água. Recomendada para pessoas em áreas de risco.

Vacina Febre Tifoide

Protege contra febre tifoide, causada pela ingestão de água e alimentos contaminados com a bactéria Salmonella typhi.

O que diz a legislação sobre isso?

De acordo com a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), a responsabilidade pela vigilância em saúde, incluindo os programas de imunização, é do governo. Existem pelo menos três barreiras para que a cobertura obrigatória de vacinas seja implementada pelas operadoras de saúde.

• A primeira barreira é a natureza dos programas de vacinação, que são desenvolvidos com base em critérios epidemiológicos definidos pelo governo. Isso garante que todas as pessoas sejam imunizadas, independentemente de sua renda, proporcionando acesso universal à vacinação.
• A segunda barreira é o impacto econômico sobre os próprios planos de saúde. Se a vacinação se tornar uma obrigação, o custo será repassado aos clientes, ou seja, o cliente acabará pagando pela vacina através de sua mensalidade.
• Por fim, a terceira barreira é que as negociações com laboratórios que fornecem as vacinas são conduzidas pelo governo, não pelo setor privado.

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