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Incerteza, expectativa e muito temor. Basicamente, são esses os sentimentos de gestores de planos de saúde em relação aos reajustes elevados nos contratos para este ano. Em 2022, as empresas já tiveram que amargar aumentos expressivos, em média  22%,  acima dos 15,5% definidos pela ANS para planos individuais.

E nos próximos anos? Como será? As primeiras estimativas apontam aumentos entre 10% e 12% para planos individuais. Mas a realidade para as empresas é outra, porque nesses casos, os reajustes não são determinados pela ANS. A negociação entre contratantes e operadoras é livre.

Certo é que haverão reajustes elevados, e ele será muito maior que a inflação de 5,79% (IPCA) acumulada em 2022. Isso está posto. Como tentar reduzir esse índice de aumento ao menor patamar possível? Ou, ao menos, conhecê-lo com antecedência para evitar surpresas?

É isso que discutiremos nesse artigo. Nos acompanhe na leitura!

Informação é a maior arma contra reajustes elevados

Indo direto ao ponto: não há fórmula mágica para a negociação de um contrato de plano de saúde (novo ou renovação). A melhor forma de evitar reajustes elevados é ter informação e conhecimento para argumentar com a Operadora.

É preciso entender que as Operadoras atuam há muito tempo com margens de lucro espremidas pela sinistralidade e custos médicos elevados. Então, cada renovação de contrato é vista como uma oportunidade para minimizar as perdas.

Por isso é importante saber se seu contrato está deficitário ou superavitário. Ou seja: se os beneficiários da sua empresa estão gastando mais ou menos que o limite técnico contratado do plano. Esse é o primeiro passo.

Conheça o seu lugar

O segundo passo é saber o lugar que sua empresa ocupa na “fila do pão” da saúde suplementar. Pequenas e médias empresas fazem parte de um pool de risco da operadora em questão, e o reajuste é definido a partir da análise de sinistro e utilização desse pool (que inclui outras empresas).

Já as grandes empresas são apólices independentes e questões financeiras são definidas a partir dos seus próprios números, como a taxa de sinistralidade (além de condições externas, como a inflação).

Ou seja: quanto maior o tamanho da empresa, maior o poder de negociação.

Que informações conhecer?

Mesmo sendo uma pequena empresa, é possível se municiar com informações a fim de não ficar na mão da Operadora na hora da negociação quando ocorrerem os reajustes elevados. Para isso, é fundamental conhecer:

Histórico de pagamentos

Resgate todos os valores pagos desde que sua empresa iniciou o contrato com a Operadora. Desse modo, é possível estabelecer, de maneira profissional e individualizada, um “valor-base” da sua mensalidade. Assim, junto com outros indicadores (inflação, VCMH), você será capaz de chegar a uma média para confrontar com a proposta da Operadora, em caso de reajustes elevados.

Sinistralidade

A sinistralidade é medida pelo quociente de sinistros (despesas assistenciais) dividido pelo prêmio (fatura) pago à Operadora, ante o limite técnico fixo e pré-estabelecido no contrato. Complicou? Calma que a gente explica: se o contrato estipula um limite técnico de 70% do valor do contrato, é isso que os beneficiários do seu contrato podem utilizar em despesas assistenciais.

Mas acontece que, normalmente, o uso do plano pelos beneficiários ultrapassa esses 70%. Na média nacional, ficou perto de 90% em 2022. E é atrás dessa diferença que as Operadoras buscam equacionar na renegociação dos contratos e isso puxa bastante os reajustes elevados.

Uma suposição: você é uma pequena empresa que gastou menos que os 70% do limite contratado. Acontece que você integra um pool onde as outras empresas gastaram bem mais que isso. Então, na média, você pode acabar sendo “punido” pela Operadora.

Por isso é importante conhecer bem a sua sinistralidade para se proteger dos reajustes elevados.

VCMH

A VCMH é um cálculo que pode ser feito de diversas formas, dependendo de quem a calcula. A VCMH de cada empresa é a variação dos custos médicos hospitalares dos procedimentos utilizados pelos beneficiários em um determinado intervalo de tempo.

É importante conhecer a própria VCMH não apenas ter algum subsídio na negociação com a Operadora, mas também para instruir melhor a gestão do plano de saúde, com um olhar mais assertivo sobre o custo assistencial e das causas que pressionam uma variação positiva muito acima da inflação, seja em função de frequência e/ou preços.

Conte com a ajuda de especialistas

Em razão do cenário da elevada sinistralidade em todo o mercado, as renovações de 2023 serão muito difíceis, por isso reforçamos a importância em ter um especialista lhe assessorando, para buscar alternativas que equilibrem o contrato, evitando reajustes elevados que afetarão diretamente o resultado da sua empresa.

Neste momento em que o mercado está sofrendo fortes pressões por resultado, talvez não haja preços competitivos para troca de Operadora, inclusive nós acreditamos que sempre o melhor caminho é manter o contrato vigente, realizando gestão contínua para o equilíbrio da sinistralidade, evitando o trauma da mudança de Operadora, especialmente para os casos que estão em tratamento.

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