Skip to main content

A renegociação do plano de saúde corporativo é sempre um momento delicado para as empresas que buscam equilibrar custos e garantir benefícios de qualidade para seus colaboradores.

Esse processo exige atenção especial, começando pela análise detalhada do contrato para identificar cláusulas importantes e entender os serviços contratados.

O poder de negociação com a operadora pode variar de acordo com o nível atual de sinistralidade do plano.

Empresas com uma gestão eficiente dos benefícios, que conseguem reduzir o uso excessivo e promover cuidados preventivos, têm mais margem para negociar reajustes e condições favoráveis.

Além disso, é essencial considerar as regras da ANS, que estabelecem normas obrigatórias a serem cumpridas pelas operadoras. A revisão do contrato deve garantir que essas regulamentações estejam atendidas, evitando surpresas ou irregularidades.

O ideal, nesse momento, é ter o apoio jurídico para garantir que não existem armadilhas ao longo da negociação.

Mas para adiantar a ajuda que você precisa, reunimos dicas práticas que ajudarão sua empresa a alcançar melhores resultados.

Siga conosco e confira!

1.    Na renegociação do plano de saúde, considere o tamanho da sua empresa

Um aspecto fundamental para a renegociação do plano de saúde corporativo é o tamanho da sua empresa.

Isso porque o sistema de planos de saúde opera sob a lógica do mutualismo: quanto maior o número de beneficiários, maior a diluição dos custos em casos mais complexos.

Esse equilíbrio reduz as oscilações no índice de sinistralidade e pode garantir melhores condições durante as negociações.

Empresas maiores possuem mais poder de negociação justamente por essa capacidade de diluir os altos custos em uma base maior de usuários.

Por exemplo: se a sua empresa possui uma rede de filiais espalhadas pelo país, contratar uma operadora com abrangência nacional pode ser mais vantajoso do que optar por múltiplas operadoras locais.

Essa estratégia centralizada reduz os custos administrativos e facilita o controle sobre a gestão do benefício.

Entretanto, há exceções. Em casos em que a qualidade da rede credenciada é insuficiente ou a concorrência local é limitada, pode fazer sentido avaliar operadoras regionais como alternativa.

Ainda assim, é importante garantir que, no contrato, a renegociação do plano de saúde corporativo ofereça boas condições de cobertura e custos otimizados para a sua necessidade.

2.    Atenção ao agrupamento de contrato do plano de saúde

Na renegociação do plano de saúde corporativo, é essencial entender como funciona o agrupamento de contratos, especialmente para empresas de pequeno e médio porte.

Segundo a ANS, contratos coletivos com menos de 30 beneficiários da mesma operadora devem ser agrupados para calcular e aplicar reajustes.

Entretanto, o agrupamento também pode se estender para empresas com mais de 30 vidas, conforme a Resolução Normativa nº 309 da ANS, desde que o contrato contenha cláusulas específicas que definam o número de beneficiários considerado para formar o agrupamento.

Esse modelo é particularmente relevante para pequenas e médias empresas (PMEs), que podem se beneficiar da diluição de custos no pool de risco da operadora.

Antes de fechar ou renegociar o contrato, é importante questionar se sua empresa fará parte de um agrupamento voluntário criado pela operadora e se isso trará vantagens financeiras. Além disso, ao integrar um agrupamento, avalie:

  • Histórico de reajustes aplicados ao grupo: entender os índices anteriores ajuda a prever possíveis aumentos e a comparar com outras operadoras.
  • Fórmula de reajuste contratual: saber como o cálculo é realizado evita surpresas financeiras e permite melhor planejamento.

Para empresas menores, estar em um pool de risco bem estruturado é uma forma de obter maior proteção contra variações bruscas de custos.

Na renegociação do plano de saúde corporativo, priorizar o agrupamento pode ser uma estratégia eficaz para equilibrar qualidade de atendimento e economia.

3.    Defina os seus objetivos

Na renegociação do plano de saúde corporativo, definir claramente os objetivos da sua empresa é essencial para encontrar um contrato que atenda às suas necessidades específicas.

Embora o mercado de saúde suplementar opere sob um mesmo marco regulatório e rol de coberturas estabelecido pela ANS, os diferenciais entre os produtos vão muito além.

Aspectos como área de abrangência, modelo de coparticipação, tipo de acomodação, rede credenciada, política de reembolso e programas de gestão de saúde oferecidos pela operadora fazem toda a diferença na escolha.

Além disso, fatores como a proporção de recursos próprios ou referenciados na rede e a acreditação da operadora podem impactar a qualidade do serviço e a experiência do colaborador.

Por isso, antes de aceitar um modelo de contrato “de prateleira” oferecido pela operadora na renegociação do plano de saúde corporativo, saiba exatamente o que você espera em relação a cada um desses tópicos.

Essa análise detalhada evita surpresas e garante que o plano escolhido esteja alinhado às particularidades e ao orçamento da sua empresa.

Empresas de médio e grande porte, por exemplo, possuem ainda mais possibilidades de personalização.

É possível, dentro das regras regulatórias, registrar produtos específicos junto à operadora de saúde na ANS, garantindo um plano totalmente adaptado às necessidades do seu negócio.

Além disso, há casos em que é possível participar ativamente da regulação, pactuando ajustes que beneficiem ambas as partes.

Renegociação do plano de saúde corporativo

4.    Para ter poder na renegociação do plano de saúde corporativo, mantenha a sinistralidade baixa

A sinistralidade é um dos fatores mais importantes na renegociação do plano de saúde corporativo.

Esse indicador representa o quanto os beneficiários da sua empresa gastam em relação ao valor pago à operadora.

Em termos simples, é uma equação onde a despesa médica (sinistro) é o numerador e o prêmio (receita paga à operadora) é o denominador.

As operadoras utilizam cálculos atuariais para estimar o custo do plano de saúde, baseando-se na demanda por serviços médicos e no custo da rede credenciada. Se a sinistralidade ultrapassa o limite técnico previsto em contrato, o reajuste será inevitável.

Muitas empresas, ao enfrentarem altas taxas de sinistralidade, optam por trocar de operadora em busca de contratos com preços iniciais mais baixos. Contudo, essa mudança nem sempre resolve o problema.

A demanda por saúde dos beneficiários permanece a mesma, independentemente da operadora contratada. Assim, uma sinistralidade alta pode continuar impactando os custos mesmo em um novo contrato.

Modelos verticalizados – onde a operadora possui rede própria – costumam atrair empresas com promessas de redução de custos.

No entanto, quanto maior o desconto oferecido inicialmente, menor é a probabilidade de sucesso no longo prazo. Estabelecer uma relação estável e previsível com sua operadora atual, investindo em ações para reduzir a sinistralidade, pode ser uma estratégia mais eficaz e sustentável.

Manter a sinistralidade sob controle é essencial para ter mais poder durante a renegociação do plano de saúde corporativo, garantindo condições mais favoráveis e custos ajustados às necessidades reais da empresa.

5.    Antecipe os argumentos das operadoras

Durante a renegociação do plano de saúde corporativo, é importante estar preparado para os argumentos das operadoras.

Assim como em qualquer negociação, há espaço para estratégias de persuasão, mas também existem regras que devem ser seguidas. Estar ciente das barreiras que as operadoras podem impor ajuda a negociar com mais segurança e eficiência.

Confira abaixo os principais fatores que podem impactar a negociação e aumentar os custos na assinatura do contrato:

  • Entrada por adesão dos colaboradores: operadoras podem considerar o risco maior quando a adesão não é obrigatória, já que os participantes tendem a ser aqueles que mais utilizam o plano.
  • Idade média elevada: uma população mais idosa costuma demandar mais cuidados médicos, elevando os custos do plano.
  • Presença de inativos no contrato: casos de aposentados ou colaboradores com extensão de plano podem ser encarados como fatores de risco pelas operadoras.
  • Casos de alto custo contínuos: beneficiários que exigem tratamentos caros e prolongados, como doenças crônicas ou graves, são levados em conta na precificação.
  • Inclusão de dependentes especiais: vínculos como pais e mães aumentam a complexidade do contrato e a utilização do benefício.
  • Sinistralidade elevada: além de ser um fator de ajuste nos contratos existentes, pode dificultar a entrada em novas operadoras ou exigir uma nova precificação que reflita o histórico de custos.
  • Cláusulas de rescisão: contratos que dificultam a saída, com exigência de avisos prévios longos ou multas por rescisão unilateral, podem ser armadilhas financeiras.

Outro ponto de atenção na renegociação do plano de saúde corporativo é a tentação de aceitar contratos com valores baixos condicionados a durações mínimas, como 24 meses.

Embora pareçam vantajosos no início, esses contratos podem limitar a flexibilidade da empresa no futuro.

Conte com a assessoria jurídica da Bentec!

Viu como existem diversos pontos que a sua empresa pode considerar na renovação do contrato? Ao entender cada item, você como gestor ganha grande poder na renegociação do plano de saúde corporativo e pode ter custos bem menores.

E para garantir um contrato sempre interessante, você pode contar com a ampla experiência da Bentec Consultoria, com mais de 10 anos de experiência no mercado de gestão de benefícios e excelente relacionamento com as operadoras.

Com a Bentec ao seu lado, os custos do seu plano de saúde podem ser reduzidos e os seus colaboradores garantem um excelente benefício corporativo.

Fale conosco agora mesmo!

Quer saber ainda mais sobre o assunto? Veja agora as nossas 7 dicas para economizar na renovação do plano de saúde corporativo!