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Acesso à saúde de qualidade é uma preocupação fundamental para todas as empresas. Por isso o plano de saúde para PME (Pequenas e Médias Empresas) é tão importante. Garantir benefícios de saúde adequados para os funcionários e famílias é essencial para atrair e reter talentos, bem como promover o bem-estar e a produtividade no ambiente de trabalho. 

No entanto, negociar um plano de saúde para PME que atenda às necessidades específicas pode ser um desafio complexo e frustrante dada a falta de margem para buscar preços competitivos, preservando qualidade e rede assistencial de alto nível.

Neste texto, exploraremos as razões pelas quais a negociação de planos de saúde para PMEs é tão difícil. Além disso, discutiremos os impactos dessa dificuldade na capacidade das PMEs de fornecer bons benefícios e como isso afeta tanto os empregadores quanto os funcionários.

Plano de saúde para PME: Mutualismo

Antes de avançarmos, é importante compreendermos alguns conceitos de plano de saúde para PME. E o primeiro é o de mutualismo, base para a operação de empresas de seguro, e que também é o alicerce do mercado de planos de saúde.

O mutualismo baseia-se na concepção de que é mais fácil suportar coletivamente as consequências danosas de riscos individuais do que deixar o indivíduo, só e isolado, exposto a essas consequências.

No entanto, diferente de outros tipos de seguro (carro, casa etc) em que há um teto, um limite para os sinistros, no plano de saúde o uso dos serviços é ilimitado. Lembrando que o preço dos serviços cobrados pelos prestadores (médicos,laboratórios e hospitais) muda sempre, mas o valor dos contratos é reajustado apenas uma vez por ano. Para as operadoras, é uma operação de alto risco.

Pool de risco

Por isso existe o Pool de Risco, regulamentado pela Resolução Normativa 565 da ANS (antiga RN 309).

O que é Pool de Risco? É o agrupamento de contratos de empresas com até 99 vidas para o cálculo e aplicação de reajustes do plano de saúde. Todos os contratos com essa característica são reajustados pelo mesmo índice. 

Foi uma forma que a ANS encontrou para tentar equilibrar um pouco mais a equação para contratantes coletivos, mas que apresentam maior suscetibilidade a eventos de alto custo, sendo, assim, mais vulneráveis principalmente no quesito dos reajustes. 

Quer dizer: mesmo que os beneficiários da sua empresa tenham usado pouco os serviços do plano de saúde, com uma sinistralidade baixa, o que será considerado na hora do reajuste é a taxa de sinistro e o índice de variação dos custos médicos de todo o grupo (pool) onde sua empresa está inserida.‍

Pouco espaço para barganha no plano de saúde para PME

Como integrantes do Pool de Risco, as empresas perdem o poder de controlar o impacto do uso do plano pelos seus beneficiários. As operações acabam “diluídas” entre todo o grupo, e as operadoras aplicam o índice para repor eventuais perdas provocadas pelo pool.

Há outros fatores adicionais: nos últimos anos, o plano de saúde para PME ganhou mais flexibilidade, com possibilidade de ter duas vidas no contrato (os planos para MEI). 

Com preço de largada mais acessível do que os planos coletivos por adesão, foi uma ótima solução para muitas pessoas que têm um CNPJ, mas uma hora a conta chega… E isso costuma acontecer após um ano de contrato, com reajustes geralmente altos para o novo exercício.

O que fazer?

É difícil apontar caminhos sem conhecer a realidade de cada empresa e as necessidades dos beneficiários. Mas, de forma geral, há três caminhos possíveis:

  1. Assimilar o aumento de custo do plano de saúde, adequando os novos gastos ao planejamento financeiro da empresa;
  2. Sentar com a operadora e redesenhar o contrato, modificando segmentações assistenciais, abrangência e rede credenciada;
  3. Trocar de operadora de plano de saúde.

Todas as saídas têm suas vantagens e desvantagens. No entanto, para os casos dos PMEs, a troca de operadora, neste cenário, pode não figurar como uma alternativa, uma vez que as tabelas de vendas dos produtos para esse público sofrem ajustes periodicamente, independente do reajuste aplicado para o Pool de Risco.

Como evitar surpresas?

Mesmo com pouca flexibilidade, a sua corretora/consultoria pode lhe assessorar para evitar surpresas, e isso começa na contratação do Plano de Saúde.

Quando você pediu para cotar mercado, ela trouxe os índices de reajustes aplicados pelas Operadoras nos últimos 3 anos?

Isso pode lhe dar um pouco de tranquilidade, pois saberá se a Operadora escolhida tem aplicado reajustes elevados, ou seja, se a sinistralidade do pool está em equilíbrio.

Nossa recomendação é sempre avaliar:

  1. Histórico de reajustes da Operadora;
  2. Nota do IDSS que reflete qualidade, sustentabilidade, reclamações, dentre outros;
  3. Rede Credenciada disponível;
  4. Preço.

Conheça a Bentec

A Bentec é uma consultoria especializada na gestão de benefícios, com grande expertise na condução do gerenciamento de planos de saúde empresariais em todos os níveis.

Se você já é nosso cliente, estamos à disposição para passar mais informações sobre como colocar em prática esse processo. Se ainda não é, fale conosco para conhecer nossas soluções!